LOUVOR A TI, Ó MEU DEUS, por haveres volvido as faces de Teus
servos para a mão direita do trono das Tuas dádivas e os feito
desprenderem-se de tudo, menos de Ti, para que reconhecessem
Tua soberania e Tua glória. Testifico a potência da Tua Causa, a
força predominante do Teu decreto; dou testemunho de ser imutável a Tua vontade e infinito o Teu desígnio. Todas as coisas jazem
aprisionadas na mão do Teu poder, e a criação inteira se mostra
destituída quando face a face com as evidências da Tua riqueza.
Trata, pois, os Teus servos, ó meu Deus, meu Bem-Amado,
meu Desejo supremo, e todos aqueles por Ti criados, de um modo
em harmonia com Tua beleza e Tua magnificência e digno de Tua
generosidade e Tuas graças. És, em verdade, Aquele cuja compaixão envolveu todos os mundos, Cuja graça abrangeu todos os que
habitam a terra e o céu. Poderá haver quem Te haja implorado e
cuja prece não tenha sido respondida? Onde há de se encontrar
alguém que tenha se dirigido a Ti sem que Tu Te aproximasses
dele? Quem poderá dizer que tenha fixado em Ti sua vista e Cujos
olhos da Tua misericórdia para ele não se volvessem? Atesto haveres
Tu Te dirigido a Teus servos antes deles a Ti se dirigirem e haveres
Tu Te lembrado deles antes deles se lembrarem de Ti. Todas as
graças são Tuas, ó Tu em cuja mão está o reino das Dádivas e a
origem de todo decreto irrevogável.
Faze descer, pois, ó meu Deus, sobre todos os que a Ti se
dirigirem, aquilo que os possa desprender de tudo o que não se
relacione a Ti, aquilo que os faça aproximarem-se de Teu próprio
Ser. Ajuda-os a Te amarem, por Tua graça, e a resignarem-se àquilo
que Te aprouver. Que sigam, então, diretamente no caminho da
Tua Causa, caminho este onde têm falhado os pés daqueles dentre Teu povo que duvidam, daqueles dentre Teus servos que são
refratários. Tu és, em verdade, o Todo-Poderoso, o Onipotente,
o Supremo.
Bahá’u’lláh