Quênia: Primeiro templo local Bahá’í na África abre suas portas

MATUNDA, Quênia – Uma presença luminosa em Matunda Soy, Quênia, a primeira Casa de Adoração local Bahá’í no continente africano foi inaugurada em uma cerimônia de abertura no domingo pela manhã.

O coro de “Faça de minha prece, ó meu Senhor, uma fonte de águas vivas” cantado por um coral local ressoou profundamente nas pessoas que se reuniram na cerimônia de dedicação e que representou milhares de pessoas nas proximidades e em todo o Quênia, celebrando um passo importante na jornada espiritual de seu povo.

A Casa de Adoração – referida nos escritos Bahá’ís como um Mashriqu’l-Adhkár, que significa “O Lugar do Alvorecer da Menção de Deus” – tem uma realidade única. Está erguida no coração da comunidade, está aberta a todos os povos e é um lugar onde a oração e a contemplação inspiram o serviço à sociedade.

A cerimônia de abertura no domingo incluiu comentários de Townshend Lihanda, um membro do Corpo Continental de Conselheiros da África a quem a Casa Universal de Justiça nomeou como seu representante no evento. O Sr. Lihanda leu uma carta da Casa de Justiça dirigida aos presentes, que afirmava: “…em um momento em que o mundo está preso em meio à incerteza, os esforços dos amigos por toda Matunda Soy e além, culminaram na criação deste farol de esperança, sendo causa de júbilo e grande alegria.”

A Casa Universal de Justiça declarou que a conclusão do projeto em apenas três anos e sob circunstâncias difíceis “é uma prova da vitalidade, desenvoltura e determinação do povo Queniano”.

Fotografia tirada antes da atual crise de saúde. Os residentes de Matunda Soy se reuniram na cerimônia de inauguração do projeto de construção do templo em Março de 2019.
Também presentes estavam funcionários do governo, chefes de povoados e distritos, dignitários locais, representantes de instituições Bahá’ís locais e nacionais, a arquiteta e outros representantes da equipe de construção.

Mourice Mukopi, o chefe do grupo de aldeias onde o templo está localizado, disse: “A coisa mais importante sobre o templo Bahá’í é que ele acolhe a todos de diversas religiões para vir e adorar.”

Ao falar com o Bahá’í World News Service, os residentes da área também expressaram esses sentimentos. “O povo de Matunda Soy vê a Casa de Adoração como um sinal de unidade”, disse Andrew Juma.

Elder Khaemba, outro membro da comunidade local, afirma: “As diferenças que existiam antes acabaram, visto que pessoas de todas as religiões se reúnem em oração no templo”.

Um ancião do povoado, Justus Wafula, afirmou: “A Casa de Adoração é um espaço onde as forças negativas da sociedade não têm lugar. Quando vamos ao templo, sabemos que estamos no caminho certo. Sabemos que estamos em casa.”

Neda Samimi, a arquiteta da Casa de Adoração, fala na cerimônia de inauguração.
A sensação de lar criada pela aparência do templo recorda as cabanas tradicionais da região, explica Neda Samimi, a arquiteta da Casa de Adoração. “Um lugar de adoração é um lugar onde sua alma pertence, onde você deve se sentir confortável independente de qual seja sua religião e ser capaz de se conectar e comungar com seu Criador.”

A Sra. Samimi descreve como o processo de erguer o templo foi unificador.

“Todos os que estiveram envolvidos no projeto têm consciência de que esta estrutura se dedica à promoção da unicidade e ao louvor a Deus. Todo o nosso trabalho foi realizado por meio de consultas, e nossas reuniões começavam com orações de diversas religiões”.

A construção foi encerrada este mês com dois eventos significativos. Um símbolo sagrado Bahá’í conhecido como o Máximo Nome foi elevado ao ápice da cúpula.

Então, no Sábado, uma caixa ornamental pequena contendo pó de um dos Santuários Sagrados no Centro Mundial Bahá’í foi colocada dentro da estrutura da Casa de Adoração, simbolizando a profunda conexão entre o templo e o centro espiritual da Fé Bahá’í.

Sheikh Shaban Waziri, um líder da comunidade Islâmica em Matunda, ora na cerimônia de dedicação.
John Madahani, membro da Assembleia Espiritual Local dos Bahá’ís de Matunda, explica como a vida da comunidade Bahá’í na região evoluiu desde suas origens na década de 1970. “No passado, apenas alguns Bahá’ís se reuniam em suas casas para orar. Agora, mais de 300 famílias realizam reuniões devocionais regularmente, orando com seus vizinhos, acolhendo a todos sem perguntar de que religião cada um é.”

“E quando começamos a prática de nos reunir no terreno do templo de manhã cedo, antes do início da construção, vimos como foi poderoso para todos os membros da comunidade ter um momento em conjunto antes de realizar suas tarefas diárias. Caso contrário, nunca veríamos trabalhadores e agricultores, jovens e pais juntos ao mesmo tempo.”

Bernard Liyosi, outro membro da Assembleia Local, disse: “A Casa de Adoração nos aproxima de Deus por meio da adoração e do serviço. Recebemos energia quando nos reunimos no templo, energia essa que canalizamos para construir comunidades mais fortes.”

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